Cansados da exploração que sofriam da CBF e demais segmentos do
futebol brasileiro, os principais clubes do Brasil se reuniram, e em 13 de
julho de 1987 fundaram [O CLUBE DOS 13].
O objetivo da criação do aludido grupo foi no sentido de
defender os interesses políticos e comerciais das grandes equipes - além de
organizar a partir de então, competições nacionais rentáveis e disputadas em
condições, onde um número maior de participantes desfrutassem das mesmas
condições.
De lá para cá, nunca mais o futebol brasileiro foi o mesmo. As
equipes unidas marcharam na direção dos seus objetivos, e conquistaram a primazia
de negociar as verbas de transmissão das TVs, e demais patrocínios, que hoje ostentam
nas placas estáticas alocadas ao redor do campo de jogo e no interior e exterior
dos seus estádios.
Some-se ao exposto acima que, através de um belíssimo trabalho
de Marketing, os clubes desenvolveram outras opções e implementaram diferentes
formas de souvenirs. E passaram a interagir com milhões de adeptos. Souvenirs
que rendem milhões de pecúnia a cada temporada às equipes.
Hoje, nem a CBF e as federações de futebol ousam confrontar os
clubes que disputam as Séries (A e B) do Brasileirão.
Na esteira dos clubes vieram os atletas que foram
profissionalizados – em 2001, através dos cinco
sindicatos exigidos pela legislação, criaram a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de
Futebol.
Substanciados jurídica e politicamente os atletas pleitearam e
conseguiram o direito de arena e de imagem. Atualmente faturam milhares de reais
a cada ano.
No mesmo diapasão vieram a CBF e as federações de futebol. Ambas
em conjunto, auferem somas estratosféricas de dinheiro de todos os torneios por
elas geridas.
No apagar das luzes de 2017, os técnicos do futebol brasileiro, conseguiram
através da Federação Brasileira dos Treinadores de
Futebol, o percentual de 1,5% de direito de arena à categoria a partir
do Campeonato Brasileiro de 2018.
Além da conquista do direito de arena os técnicos estão buscando
no Congresso Nacional em Brasília - via Lei Caio Júnior (in memoriam), as seguintes
benfeitorias à categoria: 1) Obrigatoriedade da assinatura de
contrato de trabalho. 2) Obrigatoriedade de registro do contrato da CBF. 3) Tempo
mínimo de contrato de seis meses. 4) Obrigatoriedade de pagamento e acerto de
pendências contratuais quando da dispensa de um profissional antes da
contratação de outro. 5)Representante nos Tribunais Esportivos, estaduais e
STJD.
Qual é a palavra mágica que propiciou a CBF, federações de futebol, atletas, técnicos, cartolas
e clubes alcançarem as conquistas acima nominadas? Resposta: PLANEJAMENTO.
1) Planejamento que incluiu a contratação de pessoas capacitadas para gerirem os
projetos das entidades aqui mencionadas. 2) Planejamento que estabeleceu como,
quando e quais caminhos percorrer para
alcançar os objetivos a curto, médio e longo prazo. 3) Alternância de poder na composição
das diretorias ao invés do CONTINUÍSMO.
CONTINUÍSMO, que está disseminado como tumor em todos os setores da arbitragem brasileira, em âmbito nacional e regional nas federações de futebol, tal qual metástase no corpo humano.
CONTINUÍSMO, que está disseminado como tumor em todos os setores da arbitragem brasileira, em âmbito nacional e regional nas federações de futebol, tal qual metástase no corpo humano.
Observem que todos os trabalhadores independente da categoria, que atuam no nosso
futebol, a partir da Lei Zico, Lei Pelé etc.., evoluíram e tiveram conquistas
auspiciosas, menos a
arbitragem.
Cadê o direito de arena da arbitragem? Em que pé está o direito de imagem? Como
está a regulamentação da atividade do árbitro como profissional? Quando é que os
apitos e bandeiras que laboram nos torneios da CBF, terão participação ativa
nos milhões de reais que a CBF arrecada com os patrocínios estampados na
vestimenta da arbitragem da (Senaf)? Quem irá dar cabo nesse processo que remonta a
escravidão, envolvendo os apitos e bandeiras?
Diante do exposto, resta a arbitragem brasileira se reinventar. Pois
do contrário, vai continuar sendo “manejada” tal qual “GADO NO CURRAL”. Com o diferencial de que o gado age por instinto.
Já o árbitro é humano e age através do raciocínio, do livre arbítrio e da discricionariedade.
ad argumentandum tantum - Quantas vezes afirmei aqui neste
espaço, que as reivindicações e/ou conquistas da arbitragem brasileira devem
ser buscadas em Brasília? Ficou alguma dúvida após o texto em tela?
ad argumentandum tantum (2) - Segundo informações que recebi, os preparadores físicos também estão se articulando para requerer o direito de arena.
ad argumentandum tantum (2) - Segundo informações que recebi, os preparadores físicos também estão se articulando para requerer o direito de arena.
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